segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Entrevista com Pedro


Definitivamente, eles não são mais os mesmos. Deixando as roupas coloridas e o som pop para trás, a banda Cine lançou na última semana seu novo álbum, “Boombox Arcade”. O terceiro CD do quinteto formado por DH, Dan, Dave, Bruno e Dash, é marcado pela base na música eletrônica, com alusão aos jogos de videogame.
Em uma entrevista, o tecladista e programador da banda, Pedro Dash, contou que essa mudança no estilo vem acompanhando o cenário musical. “O vídeo game e o 8-bits são coisas que estão bem em alta na música. Você vê bastante clipes, bastante temáticas usando esse tipo de coisa, que é mais moderna, mesmo o estilo da música sendo mais retrozão, estão trazendo mais pra música pop de agora e está sendo bastante usado”.
“#EmChoque”, o primeiro single do novo CD do grupo, traz a hashtag (#) – símbolo usado no Twitter que faz referência às tendências da internet – em frente ao título da canção. Dash comentou a importância das mídias sociais para impulsionar a carreira do grupo.
“Mesmo tendo uma gravadora e um escritório, se não fosse a internet o Cine não existiria, porque foi o nosso meio de divulgação desde o início. Até 2009, que foi quando a gente entrou pra gravadora, era só usado a internet. Hoje em dia, o fã quer saber mais da vida pessoal do artista, então ele entra mais no seu Twitter pessoal pra saber de você, do que no seu site oficial pra saber sua agenda. Mas é legal manter esse contato, essa proximidade com o pessoal no Facebook e no Twitter”, disse.
As 14 músicas de “Boombox Arcade” foram compostas pelo grupo, junto com alguns outros compositores. O tecladista aproveitou para falar de onde vem a inspiração na hora de criar as canções. “Vem desde as nossas influências antigas, sempre tem um ou outro tocando violão, ou fazendo um bit no computador, ou tendo alguma ideia… A gente tem uma facilidade para fazer a melodia em cima, começar a criar e dar forma pras músicas. E isso acaba sendo meio natural.”
Dash também falou da mudança no visual da banda. “A princípio não foi uma coisa pensada, foi algo natural. Tanto no nosso som como no visual, porque desde o começo, com aquela coisa do colorido acabou virando uma confusão, depois que a gente fez isso, outras bandas vieram fazendo e acabou virando meio que uma coisa banalizada, que não era a nossa intenção. Não queríamos dar ênfase ao nosso estilo e sim para nossa música. E a gente foi ficando mais velho também, a galera tá mais madura. A tendência é as roupas ficarem mais sóbrias”.
Ele continuou explicando: “Na real, desde o DVD [gravado em 2010] já estava bem diferente, não tinha mais muito essa coisa do colorido e tal, exatamente porque a gente percebeu essa coisa de que a gente é uma banda e que antes de mais nada a gente trabalha muito no nosso som, com muito carinho, e é isso que a gente quer mostrar. Então, de uns dois anos pra cá, a gente já está bem diferente, tanto no som como no visual”, disse.

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